The Medium
Antes de mais nada, The Medium, game de survival horror, desenvolvido pela Bloober Team. Lançado em 28 de janeiro de 2021 exclusivamente para Xbox Series S/X e Microsoft Windows. Chegando na data de lançamento no serviço da Microsoft, Gamepass.
História:
A princípio, o jogo começa com a protagonista Marianne lamentando a morte de seu pai adotivo, logo ela recebe um misterioso telefonema de Thomas, que sabe de sua habilidade sobrenatural de conseguir contato com o mundo espiritual. Thomas diz saber a origem dos poderes de Marianne, e o significado do pesadelo perturbador que ela tem, frequentemente de uma menina sendo assassinada em um lago. No entanto, ele aceita dizer o que sabe somente em Niwa Workers Resort, um hotel abandonado no período da caída União Soviética, na cidade de Cracóvia, Polônia.
Gameplay:
Terror cinematográfico. Alguns podem não gostar do termo horror de sobrevivência, pois não há gestão de recursos ou qualquer combate que valha a pena mencionar. É principalmente focado na exploração, com interações simples que geralmente se resolvem com o apertar de um botão.
Como de costume dos jogos de terror, há quebra-cabeças. Embora de resoluções simplesmente como, encontrar um objeto e usá-lo no lugar certo, raramente exigindo qualquer dedução real.
Há outras variações de jogabilidade, principalmente quando uma criatura bizarra começa a te perseguir, no estilo Nêmesis. Nestes momentos, a tenção aumenta consideravelmente, porém não posso deixar de citar os controles confusos, nestes combates. Fazendo que o jogador tenha que adivinhar ou decorar por onde ir, por que se o ”bichão” te alcançar, é morte instantânea.
No entanto, já a grande inovação está nos dois mundos criados. Às vezes essa mudança acontece aleatoriamente, outras vezes você precisa inicia-la, e às vezes, e geralmente, quando o jogo brilha mais, você pode explorar ambos os mundos ao mesmo tempo. Quando isso acontece, a tela se divide ao meio, horizontal ou verticalmente, e você explora ambos os ambientes simultaneamente.
É impossível não mencionar Silent Hill. Há paralelos tão claros entre os dois, desde o conceito fundamental do nosso mundo sendo corrompido por outro até os temas de emoções como raiva e culpa manifestando-se fisicamente, como a garotinha Tristeza que aparece no jogo. E para não deixar dúvidas, trouxeram o famoso compositor Akira Yamoaka, responsável pela trilha sonora de Silent Hill. É claro que eles estavam instigando a essa comparação.
Pontos Positivos:
- Trilha sonora envolvente
- Ambientação ”linda”
- Protagonista carismática
- Terror psicológico presente, lembrando clássicos dos anos 90
Pontos Negativos:
- Gamaplay travada em momentos de ação
- Durabilidade e fator replay pequenos
- Gráficos poderiam ser melhores
Conclusão:
Em suma, como um jogo realmente feito para a ”próxima geração”, e uma experiência de horror bastante simples, The Medium é competente, e de certa forma se destaca. Uma experiência artística visualmente esplêndida, que vale a pena experimentar. Contudo, como um jogo de horror, propriamente dito, é mais difícil recomendar. No entanto, para os assinantes gamepass, não custa nada dar uma conferida.