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Games apostam em acessibilidade e atraem pessoas com deficiências


Esse setor busca adaptações para atrair uma nova legião de jogadores.

História

Há uma admirável jornada iniciada com o game Magnavox Odyssey — o primeiro jogo doméstico da história, lançado em 1972. Desde então, deu-se impressionante avanço do realismo nas telas, com histórias com histórias cada vez mais inovadores e interativas. Contudo, os jogadores, por sua vez, foram protagonistas de outra revolução: passaram de meros interessados em diversão e distração a profissionais gabaritados, com horas de preparação em tiro, estratégia e dribles de futebol. A evolução desembocou em uma receita global de 159 bilhões de dólares em 2020, e em ritmo de crescimento. Dessa rápida passagem de fases, cabe agora celebrar uma em especial, que tem ganhado relevância: a adaptação das brincadeiras e dispositivos para pessoas com deficiências.

 

Acessibilidade

Na maioria das vezes, jogar algo é simples: ligar o console ou PC, escolher o jogo, pegar o controle (ou teclado e mouse) e começar. No entanto, para jogadores com deficiências algumas adaptações são necessárias, em acessórios e/ou dentro do jogo, para também permitir que estas pessoas possam se divertir. E é aí que entra a importância da acessibilidade nos games.

Esta é uma discussão bem ampla, mas focando especificamente em jogos, atualmente muito se tem falado sobre recursos de acessibilidade na gameplay e, inclusive, há equipes dedicadas para aperfeiçoar esses sistemas – dependendo do orçamento dedicado ao projeto deste game.

Há 10 anos, o máximo que se via de acessibilidade em alguns jogos eram legendas e o próprio áudio do jogo em diálogos (quando existiam), para guiar jogadores com deficiência visual, por exemplo. Ainda era muito excludente, pois não se consideravam outras deficiências ou, por vezes, sequer eram recursos de acessibilidade “oficiais”; eram apenas adaptados para este propósito.

Lembre-se, ainda, que os jogos virtuais tornaram-se nos últimos anos ambiente de encontro e conversa, a ágora inescapável dos millennials e das crianças. Promover o acesso amplo a quem tem alguma necessidade específica é também permitir que essas pessoas disponham de meios de manter-se conectadas com seus círculos sociais. Trata-se, por sinal, de um grupo imenso. Só nos Estados Unidos o número de jogadores com alguma deficiência ultrapassa 46 milhões de pessoas.

Fazendo jogos acessíveis com os próprios jogadores

Vários desenvolvedores de jogos, dos indies aos AAA, estão passando a olhar com mais seriedade os recursos que permitem a inclusão de jogadores PCD aos seus títulos.

Exemplo disso foi o trabalho feito pelo estúdio Naughty Dog, em The Last of Us Part II. O ponto inicial, e muito importante, para tornar um jogo acessível a pessoas com deficiência é ir até esses jogadores, perguntar onde eles estão sentindo dificuldades e, como desenvolvedor, resolver esse problema.

Os desenvolvedores da Naughty Dog reconhecem a importância de tornar um jogo o mais acessível possível. Especialmente porque há vários fatores que podem impedir as pessoas de aproveitarem as experiências de um game.

O primeiro passo foi dado

A boa notícia é que vem crescendo na indústria de jogos o alerta da necessidade de tornar os games mais acessíveis a pessoas com deficiência. Não é só por uma questão de aumentar as vendas para um público que antes era quase que totalmente ignorado. A questão principal é tratar o jogador PCD com a mesma dignidade que uma pessoa sem limitações.