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Nosso cérebro e o videogame


Quais podem ser os malefícios ou benefícios que os vídeo games podem trazer para o nosso cérebro?

Podemos dizer que o senso comum é que não traz muitos benefícios, ao contrario acarretam mais em malefícios.

Mas essa pode não ser bem a verdade>

É o que mostra os estudos apresentados pela neurocientista Daphne Bavelier, em sua apresentação na TED.

Daphne Bavelier

Bavelier é uma neurocientista, especializada na plasticidade e forma como o nosso cérebro aprende.

Ganhadora de vários prêmios, ela é professora na Universidade de Genebra.

A Pesquisa

Como já foi mostrado em diversas pesquisas, o perfil hoje do jogador de videogame não é mais a criança, mas sim o jovem adulto na faixa de 33 anos.

E um dado interessante que volta e meia pipoca nas redes, é a quantidade de tempo gasto em cada jogo.

No Call of Duty: Black Ops, a Activision divulgou a estatística que foram jogados 68.000 anos apenas na primeira semana do jogo.

Então Daphne está pesquisando em seu laboratório o que pode ser feito com todo esse tempo, como uma forma de alavancar o aprendizado.

Com isso ela resolveu estudar as grandes máximas sobre os malefícios do videogame e de quebra achar formas de usar de forma mais produtiva esse tempo gasto nos jogos.

Muito tempo na frente da TV piora a visão?

Esse foi um estudo feito comparando pessoas que jogam, entre 5 a 15 horas por semana, e pessoas que não jogam.

As pessoas que não jogam videogame, na média ficam com a visão classificada como normal-para-corretiva.

Entretanto as pessoas que jogam, na média estão com a visão melhor.

Além disso a visão delas não é apenas melhor no sentido de grau, mas em outros dois aspectos.

Primeiro que somos capazes de resolver pequenos detalhes em contextos de desordem, isso ajuda por exemplo a ler bulas de remédios sem grandes dificuldades.

Segundo é a percepção de diferentes tons de cinza, isso ajuda por exemplo quando estamos dirigindo na neblina, conseguimos distinguir melhor a distância dos elementos a nossa frente.

Videogames deixam as pessoas mais distraídas?

Para demonstrar esse ponto, ela apresenta aquela dinâmica de mostrar uma a palavra verde na cor vermelha e pedir para as pessoas falarem a cor.

Com isso ela mostra o quão pode ser difícil esse tipo de tarefa.

Entretanto ela afirma que os jogadores de jogos de ação, tiveram um desempenho extremamente bom, pois conseguiam tomar a decisão e resolver os conflitos rapidamente, pois treinam diariamente para tomarem decisões rápidas.

Outro quesito que é melhor nos players, é a facilidade para rastrear objetos no mundo, e essa é uma habilidade que usamos o tempo todo na vida real, quando dirigimos, navegando na internet, sempre estamos prestando atenção em vários pontos.

Então ela mostra como é o teste que é feito no laboratório para testar a atenção das pessoas, em uma tela aparece um circulo com várias carinhas amarelas e azuis, elas ficam rodopiando pela tela e a pessoa tem que rastrear uma delas.

Após isso ela vai aumentando a quantidade de carinhas e mostrando como vai ficando mais difícil rastrear.

Então assim é possível medir a atenção das pessoas, e ela encontrou uma mudança considerável no cérebro dos jogadores, que têm conexões mais eficientes entre as três áreas da massa cinzenta responsáveis por controlar a nossa atenção.

Então só temos benefícios?

Como praticamente tudo que consumimos o exagero pode ser prejudicial.

Bavelier compara com o vinho, sabemos que vinho em quantidades exageradas vai fazer mal para qualquer um, mas já existe comprovação que o vinho tinto de forma comedida leva a uma maior expectativa de vida.

Então o estudo busca entender os ingredientes ativos de um jogo, para que possam ser utilizados como forma de ajudar na educação ou até para reabilitação.

Existem várias pesquisas acontecendo, tentando achar quais são esses ingredientes dos jogos.

Uma pesquisa em Toronto mostrou que jogando 40 minutos por dia temos um ganho considerável no tempo de reação para tomada de decisão.

Mas como conciliar o brócolis que são os jogos educativos, com o chocolate que é um jogo de ação?

Então o que ela propõe é criar uma nova marca de chocolate, que é saboroso mas com todos os nutrientes do brócolis, que estão ali trabalhando no seu cérebro.

Imaginem que mundo maravilhoso, onde além de jogarmos os jogos que adoramos, também vamos melhoras nossas capacidades ativamente.

 

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